Essa série da HBO mostra que o “felizes para sempre” pode ter muitos capítulos

Love Life, da HBO, não é uma série sobre grandes reviravoltas, romances cinematográficos ou gestos épicos. É sobre relacionamentos reais, com cenas fofas e constrangedoras ao mesmo tempo.

Cada temporada é independente e acompanha um protagonista diferente em sua trajetória amorosa, desde as paixões passageiras até os relacionamentos que parecem, mas nem sempre são, para sempre.

Na primeira temporada, seguimos Darby (Anna Kendrick), uma jovem nova-iorquina tentando entender quem é enquanto se perde e se reencontra em diferentes histórias de amor. Ao longo dos episódios, vemos encontros que não deram certo, amizades que mudam de forma e pequenas decisões que acabam moldando quem ela se torna.

Na segunda temporada, conhecemos Marcus (William Jackson Harper), um editor literário que vê seu casamento ruir e precisa lidar com a solidão, as expectativas alheias e a coragem de recomeçar. É uma jornada mais madura, mas igualmente cheia de incertezas. Apesar da maioria das pessoas terem gostado mais da primeira temporada, eu gostei mais da segunda, além de ser a melhor série da HBO nessa temática.

O charme de Love Life está no jeito como trata o amor: sem idealizações, mas com empatia. A série não tenta responder “como encontrar o relacionamento perfeito”, porque talvez ele nem exista. O que existe são conexões imperfeitas, encontros que mudam a gente e, no fim, um certo alívio em perceber que errar faz parte.

Essa série da HBO é para quem já viveu um romance que não deu certo, para quem já precisou recomeçar e para quem sabe que, mesmo depois de algumas quedas, sempre vale a pena tentar de novo